Pesquisas nacionais de vendas nos mostram o avanço de veículos com motorização elevada. De Janeiro a Julho de 2019, a comercialização de carros 1.0 atingiu 481 mil unidades, equivalente a 38% do total emplacado no país. Principais destaques deste ranking são Onix (Gm), Ka (Ford), Gol (Vw) e Kwid (Renault). Enquanto os modelos com motorizações maiores responderam 62% dos emplacamentos, totalizando 780,4 mil veículos vendidos.
As vendas de veículos no mercado brasileiro vem se alterando desde meados de 2011 quando atingiu o auge. Com renda e créditos em alta, o consumidor brasileiro resolveu optar por veículos mais fortes.
Com isto os carros 1.0 já não são preferência nacional, apesar de vendas ainda expressivas. Mas isto não significa que estes modelos são "fracos", ao longo dos anos, ocorreram diversas evoluções tecnológicas automotivas, que permitiram uma melhora significativa do desempenho destes veículos.
Para alguns especialistas, os veículos 1.0 evoluíram muito e têm sua demanda atraente no Brasil. A questão da economia de combustível é inclusive o principal fator de preferência por esse tipo de motorização.
O consumidor está mudando gradativamente a sua visão em relação ao carro, passando a vê-lo como um serviço e não um produto.
Neste cenário, a escolha entre um 1.0 e um 2.0 pode girar em torno de uma única questão: economia de combustível. E nessa corrida, os “carros mil” tendem a levar a melhor.